sábado, 13 de dezembro de 2008

Células de pacemaker

Olá a todos, mais uma vez, se hoje acordaram com uma curiosidade especial sobre células de pacemaker, sejam muito bem-vindos!

Afinal o que é um pacemaker?

Podemos definir um pacemaker como um dispositivo de reduzidas dimensões, que contém no seu interior uma bateria e diversos circuitos electrónicos. O pacemaker é ligado ao coração através de fios metálicos denominados por eléctrodos, sendo a caixa deste dispositivo implantada na parte superior do tórax, abaixo da clavícula, debaixo da pele. A sua função é enviar estímulos eléctricos de reduzida intensidade ao coração que estimulam o músculo cardíaco a manter ou a regular as suas contracções.
Os pacemakers são muitíssimo utilizados quer no tratamento de ritmos cardíacos lentos, quer no tratamento de ritmos cardíacos acelerados.




Primeiramente, nestes dispositivos reguladores de batimento cardíaco, utilizavam-se baterias de mercúrio que eram constituídas por um ânodo de zinco (amalgamado com mercúrio) em contacto com um electrólito alcalino contendo óxido de zinco e óxido de mercúrio (II) contido num cilindro de aço inoxidável, como traduzem as seguintes equações:

Ânodo: Zn(Hg) (s) + 2 OH-(aq) → ZnO(s) + H2O(l) + 2 e-
Cátodo: HgO (s) + H2O(l) + 2e-→ Hg (l) + 2 OH-(aq)
Global: Zn(Hg) + HgO(s) → ZnO(s) + Hg(l)


Estas pilhas eram, então, utilizadas pois possuíam um potencial constante de 1,35V em consequência de não existir variação da composição do electrólito durante o funcionamento.

Contudo, devido ao facto, de esta pilha possuir um período de vida mais limitado, começaram a ser utilizadas baterias de lítio, cujo potencial pode atingir os 3 V, sendo por isso, uma bateria muito mais eficiente e mais cómoda, obviamente, no sentido em que não têm que ser substituídas de uma forma tão sistemática como acontecia com as baterias de mercúrio.

Convém apenas acrescentar, que estas baterias (baterias de lítio) empregam um sólido como electrólito em contacto com os eléctrodos.

Bom fim-de-semana!

Bibliografia:

http://portugal.arrhythmia-europe.eu/docs/Pacemaker%20%20Booklet%20-%20Portguguese.pdf5.12.07wjh.pdf

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sistemas de Diálise

Hoje trago-vos um tema bastante sério, o caso do Hospital de Évora que ocorreu em 1993 e que conduziu à morte de 25 pessoas com problemas renais.

Contudo, numa fase inicial, convém esclarecer-vos sobre o que é a homeostasia, a osmorregulação, os sistemas de diálise e tudo mais.
A manutenção das condições do meio interno dentro de limites compatíveis com a vida denomina-se por homeostasia, e desta forma, sempre que ocorrer uma variação nas concentrações de água e de solutos do meio interno, irá intervir um conjunto de mecanismos capazes de controlar essas variações, ou seja, os valores da pressão osmótica do meio interno assegurando, assim, a sobrevivência dos indivíduos.

O Homem sendo capaz de controlar a pressão osmótica face às variações de composição do meio externo é denominado de osmorregulador, possuindo um conjunto de estruturas excretoras → os rins.
Contudo, em indivíduos que padecem de insuficiência renal, os processos de excreção não ocorrem normalmente, o que resulta numa acumulação de substâncias tóxicas no organismo. Nestes casos, para assegurar a sobrevivência dos indivíduos recorre-se à hemodiálise.



Neste processo de purificação e de filtração do sangue o médico realiza um cateter venoso-central (une uma veia e uma artéria do braço), através do qual o sangue é impulsionado por uma bomba até ao dialisador. Este é constituído por dois compartimentos: um por onde circula o sangue e outro por onde circula o dialisato (solução de sais minerais como Ca, K, Mg, Cl) em sentidos contrários de forma a maximizar todo o processo de depuração. Uma vez que, entre os dois fluidos há um gradiente de concentração, a membrana que os separa terá que ser semipermeável de modo a possibilitar a troca de substâncias e de consequentemente se atingir o equilíbrio. Após todos estes intercâmbios o sangue é devolvido ao paciente.

É de salientar que durante este processo de depuração se deverá utilizar uma água extremamente pura, pois caso contrário todo este processo pode pôr em causa a própria sobrevivência dos pacientes, como aconteceu em 1993 no Hospital de Évora, onde 25 pessoas faleceram devido a uma elevada quantidade de alumínio na água utilizada na hemodiálise.
A verdade é que existem diversos métodos de purificação da água, sendo o mais usual denominado de coagulação ou de floculação que consiste no seguinte: primeiramente ajusta-se o pH da água respectiva, elevando-o pela adição de uma base, seguidamente adiciona-se o sulfato de alumínio, que se irá dissolver na água e que posteriormente irá precipitar na forma de hidróxido de alumínio, arrastando as impurezas para o fundo do recipiente, como traduzem as seguintes reacções.

Dissolução: Al2(SO4)3(s) → 2 Al3+(aq) + 2 SO43-(aq)
Precipitação: Al3+(aq) + 3 OH-(aq) → Al(OH)3(s)

Desta forma, concluo que não se deverá adicionar em excesso sulfato de alumínio, pois caso isso aconteça o Al3+ não irá reagir com o OH-, precipitando uma maior quantidade de hidróxido de alumínio, como infelizmente aconteceu em Évora.
Bibliografia:

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

E que o cinema esteja sempre connosco!

Não confiar em ninguém. Enganar toda a gente.

Baseado na obra do colunista do Washington Post, David Ignatius, «O Corpo da Mentira» conta-nos a história de um membro da CIA, Roger Ferris (Leonardo DiCaprio), que descobre que um grande líder terrorista opera a partir da Jordânia.


Quando concebe um plano para se infiltrar na sua rede, Ferris tem primeiro que conquistar o apoio do veterano da CIA, Ed Hoffman (Russell Crowe).


Embora confiando plenamente nos seus aliados, Ferris questiona-se se estes não poderão interferir na operação, e pôr a sua vida em risco.


http://cinema.sapo.pt/Xw13/893848.html

sábado, 25 de outubro de 2008

Esterilização de material cirúrgico

Qual dos processos é mais eficiente para a esterilização de material cirúrgico?

  1. Manter o material cirúrgico em água em ebulição à pressão atmosférica;
  2. Utilizar um autoclave e realizar esse processo num vaso fechado com características semelhantes à de uma panela de pressão (auto-clave).


Primeiro, convém responder à questão: “O que é um autoclave?”
Um autoclave é um dispositivo usado na esterilização de artigos, pela acção do calor húmido sob pressão; podendo, estes aparelhos, serem divididos em duas classes: autoclave de paredes simples e autoclave de paredes duplas (que permite uma melhor extracção do ar e uma melhor secagem).


Através da minha pesquisa, concluí que o processo mais eficaz na esterilização do material cirúrgico é aquele que se processa com recurso ao autoclave.

Desta forma, a esterilização por calor húmido em que intervém o aparelho supramencionado expõe o material a vapor de água sob elevadas pressões, a 121ºC, durante um período de cerca de 15 minutos (a esta temperatura, o período de tempo adequado para se esterilizar eficazmente os materiais vai variar consoante a natureza do material em causa, bem como com o seu volume). Durante o processo de autoclavagem, os materiais devem ser embalados para estarem em contacto absoluto com o vapor de água.

Assim, quando analisamos os dois processos de esterilização, apercebemo-nos sem dúvida alguma, da minha conclusão anterior, pois num meio húmido pressurizado, como é o caso de um autoclave, a água pode atingir uma temperatura superior aos 100ºC, o que provoca a desnaturação das proteínas e destabiliza a membrana citoplasmática, o que por sua vez, provoca a morte das células microbianas. Por outro lado, em ambientes de pressões normais, a esterilização de material cirúrgico não é igualmente eficaz, dado que permite a sobrevivência de microrganismos que resistem a temperaturas superiores a 100ºC. Isto acontece, pois nestas condições de pressão (pressão atmosférica), a temperatura da água líquida não excede os 100ºC (ponto de ebulição), pois atingido o ponto de ebulição a água não irá aumentar a sua temperatura, mas vaporizar-se-á.


Bibliografia:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Autoclave
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esteriliza%C3%A7%C3%A3o_(materiais)
http://www.e-escola.pt/site/topico.asp?topico=365

domingo, 5 de outubro de 2008

As Unidades Fundamentais do Sistema Internacional

No âmbito da disciplina de Elementos Química-Física, venho aqui esclarecer as Unidades Fundamentais do Sistema Internacional.

Para começar, convém esclarecer que o Sistema Internacional de Unidades (S.I.) é um conjunto de definições aceite em quase todo o mundo e que tem como principais objectivos uniformizar e auxiliar as medições.

Antes da criação deste sistema, nos diferentes países, as unidades de medida eram definidas de forma arbitrária, sendo utilizados símbolos distintos para representar a mesma grandeza física e unidades distintas para indicar o resultado da medição.

Desta forma, para facilitar os intercâmbios económicos e as transacções comerciais, tornou-se imperativo criar um sistema que a cada grandeza fizesse corresponder uma determinada unidade. Assim, em 1960 na 11ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) instituiu-se o Sistema Internacional de Unidades que passou a ser utilizado em Portugal a partir de Dezembro de 1983.

O S.I. é composto por:

Unidades de base
Unidades derivadas

As unidades de base do SI são sete:


  • Comprimento - metro (m);
  • Massa - quiloggrma (Kg);
  • Tempo - segundo (s);
  • Intensidade de corrente eléctrica - ampére (A);
  • Temperatura termodinâmica - kelvin (K);
  • Quantidade de substância - mole (mol);
  • Intensidade luminosa - candela (cd).

Bibliografia:

sábado, 4 de outubro de 2008

Apresentação

Caros visitantes, obrigada por se atreverem nesta Metamorfose Irrequieta.
Este blog surge como um hino à mudança e à oportunidade de sermos diferentes, pois como é sabido são os nossos sonhos e as nossas vontades que "seguram o mundo na sua órbita".