Afinal o que é um pacemaker?
Podemos definir um pacemaker como um dispositivo de reduzidas dimensões, que contém no seu interior uma bateria e diversos circuitos electrónicos. O pacemaker é ligado ao coração através de fios metálicos denominados por eléctrodos, sendo a caixa deste dispositivo implantada na parte superior do tórax, abaixo da clavícula, debaixo da pele. A sua função é enviar estímulos eléctricos de reduzida intensidade ao coração que estimulam o músculo cardíaco a manter ou a regular as suas contracções.
Os pacemakers são muitíssimo utilizados quer no tratamento de ritmos cardíacos lentos, quer no tratamento de ritmos cardíacos acelerados.
Primeiramente, nestes dispositivos reguladores de batimento cardíaco, utilizavam-se baterias de mercúrio que eram constituídas por um ânodo de zinco (amalgamado com mercúrio) em contacto com um electrólito alcalino contendo óxido de zinco e óxido de mercúrio (II) contido num cilindro de aço inoxidável, como traduzem as seguintes equações:
Ânodo: Zn(Hg) (s) + 2 OH-(aq) → ZnO(s) + H2O(l) + 2 e-
Cátodo: HgO (s) + H2O(l) + 2e-→ Hg (l) + 2 OH-(aq)
Global: Zn(Hg) + HgO(s) → ZnO(s) + Hg(l)
Estas pilhas eram, então, utilizadas pois possuíam um potencial constante de 1,35V em consequência de não existir variação da composição do electrólito durante o funcionamento.
Contudo, devido ao facto, de esta pilha possuir um período de vida mais limitado, começaram a ser utilizadas baterias de lítio, cujo potencial pode atingir os 3 V, sendo por isso, uma bateria muito mais eficiente e mais cómoda, obviamente, no sentido em que não têm que ser substituídas de uma forma tão sistemática como acontecia com as baterias de mercúrio.
Convém apenas acrescentar, que estas baterias (baterias de lítio) empregam um sólido como electrólito em contacto com os eléctrodos.
Bom fim-de-semana!
Bibliografia:
http://portugal.arrhythmia-europe.eu/docs/Pacemaker%20%20Booklet%20-%20Portguguese.pdf5.12.07wjh.pdf